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Publicaremos matérias e artigos relacionadas a movimentação de cargas.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Baterias para Empilhadeiras: empresas crescem em 2011 e entrada de novos players deve acirrar concorrência

Obras para futuros eventos esportivos e construção civil impulsionam crescimento. Em 2012, as empresas buscam consolidação de ações do ano anterior para, além de manter o mercado já conquistado, adquirir novos clientes. Investimentos em logística continuam em alta.

O ano de 2012 não poderia começar com melhores expectativas para o segmento de baterias para empilhadeiras, considerando a crise mundial, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, que atingiu todos os mercados. No Brasil, a crise não causou tanto impacto negativo como se esperava, mas, ainda sim, fez com que as empresas do setor agissem com cautela.

“O ano promete muito, mesmo sendo um ano de eleição, quando geralmente as empresas e os empresários esperam para ver o que acontecerá no cenário político. Por conta dos juros baixos (Finame, BNDES) será um ano de muitos investimentos nos setores de logística”, explica Marcelo Mota de Bitencourt, diretor comercial da Batersul (Fone: 47 3368.7171). “Os pequenos empresários que não tinham condições de investir em máquinas elétricas por terem um custo inicial mais alto, com as condições favoráveis, irão optar realmente em investir na compra dos equipamentos. Isso vale, também, para as grandes empresas que irão optar por comprar equipamentos novos, ao invés de fazer reformas nas máquinas antigas”, continua. Na visão dele, para o setor de logística o ano de 2011 foi muito bom, principalmente a partir do mês de maio. “Este foi o nosso segundo ano de trabalho na região sul do país, conseguimos conquistar um resultado muito expressivo no quesito crescimento X qualidade”, afirma.

Os investimentos previstos por Bitencourt também são esperados por Fernando Pessoa, sócio-diretor da Comab (Fone: 11 2412.0240). Segundo ele, o mercado internacional se encontra um pouco inseguro, porém os investimentos no Brasil não serão interrompidos e acontecerão na medida em que, entre outros fatores, haja atuações governamentais e, principalmente, atitudes individuais de cada empresário. A Comab estará focada durante o ano em consolidar ainda mais a parceria para fornecimento de produtos Exide GNB, parceria que marcou 2011 para a empresa, e otimizar pontos chaves, como agilidade no atendimento e disponibilidade de entrega. 

Wilson Vizeu, diretor geral da Exide Technologies do Brasil (Fone: 11 5096.3590), entende que o mercado de empilhadeiras deve se manter estável em 2012, sustentando o mesmo nível de equipamentos comercializados ou, se houver crescimento, será muito tímido. “O mercado de baterias é movido em função do mercado de empilhadeiras. Então, acredito que teremos um ano estável para baterias originais (fornecidas com empilhadeiras novas) e algum crescimento no mercado de reposição”, afirma. “Para a Exide, a tendência é de novo crescimento, pois, como estamos consolidando nossa atividade comercial, ainda existe bastante espaço para crescer. Em função disto pretendemos realizar investimentos no Brasil para ampliar nossa capacidade de formação e montagem de baterias tracionárias. E estes investimentos devem ser concluídos ainda no primeiro semestre do ano e terão o mesmo formato de nossas linhas de montagem no exterior”, anuncia. Atuando há um ano no país, a Exide pode abrir diversas frentes de negócios em 2012.

A Matrac (Fone: 11 2905.4108) cresceu em torno de 20% ao longo do ano, notando considerável aumento na venda de baterias novas em relação às baterias de reposição, devido aos incentivos dados pelo governo para aquisição de equipamentos novos. “Tivemos ainda uma surpresa agradável no segmento de locação de baterias tracionárias, que se mostrou bastante crescente, pois o cliente, quando necessita da reposição imediata de baterias, pode locá-las por períodos pré-determinados, enquanto aguarda liberação de verbas ou definição do cenário econômico do país, que ditará seu ritmo de movimentação e armazenagem de materiais”, comenta Antonio Donizetti Mazzetti, gerente comercial da companhia.

Para 2012, Mazzetti acredita que o mercado sentirá os efeitos negativos da crise europeia, porém prevê continuação no crescimento, mesmo que de maneira tímica. “Atuamos no segmento de vendas, locação e reformas de baterias tracionárias e estamos acostumados com o aumento das reformas e locações quando as vendas estão abaixo da expectativa e vice-versa. É simples: na falta de verba para aquisição de novas baterias, muitos clientes optam pela reforma ou locação para atender sua demanda”, resume

Por sua vez, Wagner Brozinga, gerente de negócios da Newpower (Fone: 11 2413.5600), está confiante no cenário global e espera manter o crescimento de cerca de 25%, contando, inclusive, com o aumento nas exportações para a América Latina por meio da rede de representantes. O ano de 2011 foi importante para a companhia com sucesso na produção, vendas e ampliações de plantas, além de novas contratações.

Também otimista, a Saturnia (Fone: 15 3235.8000) viu o mercado aquecido no ano que passou, tanto com aumento de máquinas elétricas, quanto no mercado de reposição. Em 2012, a empresa quer fazer uma grande retomada do mercado de baterias industriais – tracionárias, estacionárias e submarino.

TENDÊNCIAS

Em um segmento crescente como o de baterias para empilhadeiras, já é de se esperar que as empresas percebam tendências de mercado para se adequar às vontades do público consumidor. Os grandes projetos a serem desenvolvidos no país nos próximos anos devem reger a maneira como o mercado irá reagir no setor.

Bitencourt, da Batersul, lembra que eventos como Olimpíadas e Copa do Mundo requerem desenvolvimento, máquinas e equipamentos e irão aquecer o mercado. O investimento no setor de construção civil e em outras áreas da logística deverão aumentar muito os resultados para o setor. “Isso funciona como uma cadeia alimentar, se o governo incentiva um setor, os demais que estão inseridos nele também terão um crescimento no decorrer do processo. Com todos estes eventos que irão ocorrer no nosso país, todas estas empresas terão um grande desenvolvimento, principalmente as de máquinas e equipamentos industriais”, analisa.

Os investimentos e a movimentação logística no Brasil não devem ser reduzidos para este ano, segundo Pessoa, da Comab. Com a abertura de novas empresas de logística, fabricantes de empilhadeiras elétricas e, principalmente, o aumento do consumo interno, ele acredita que a tendência será de crescimento no setor. No mesmo sentido encontra-se Vizeu, da Exide. “Eu creio que o setor de baterias está em fase de consolidação. Com a saída de alguns fornecedores antigos e a entrada de novos fornecedores, na sua maioria multinacionais, deve haver um novo ritmo no mercado, com a tendência de melhoria na qualidade do produto, maior gama de aplicações e foco maior na parte de pós-vendas”, afirma. 

A continuação do crescimento populacional de máquinas elétricas, com automática comercialização de baterias com tecnologias mais modernas e avançadas, é a tendência, de acordo com Raul Mouta, gerente de vendas da Saturnia.

NOVIDADES

Outro fator também se desenvolve quando o mercado se mostra aberto e próspero para os próximos anos: a tecnologia. Pensando de que forma trazer o melhor custo x benefício aos clientes, as empresas que atuam no segmento já estudam melhorias tecnológicas para que seus produtos atendam à demanda cada vez mais ávida por equipamentos de alto desempenho.

“O departamento de engenharia do Grupo Moura está sempre em constantes inovações, pesquisas e testes. Nós que estamos na linha de frente – distribuidores – sempre repassamos como estão se comportando nossos produtos e o dos nossos concorrentes. Nossa tecnologia hoje implantada é americana, de placas planas envelopadas blindadas.

O Grupo Moura é a única fábrica que trabalha com este produto no Brasil”, afirma Bitencourt, da Batersul. A companhia está desenvolvendo estudos em conjunto com fabricantes de carregadores. “Estamos agindo juntos, pois acreditamos que o conjunto carregador/bateria não pode andar separado. Para ter uma boa bateria na operação é preciso trabalhar com um excelente carregador. Vimos que depois que começamos a trabalhar desta forma, a vida útil dos nossos produtos melhorou bastante, baseado, praticamente, em ajustes nas curvas de cargas”, continua. A empresa também está investindo na área de serviços preventivos e corretivos nas baterias.

O Grupo Moura também está investindo nas baterias com tecnologia de cargas rápidas (Fast Charger) e cargas de oportunidade (Opportunit Charger), já usadas na Europa e nos Estados Unidos. Estas tecnologias são implantadas apenas em clientes cuja operação requer este tipo específico de produto, e não são viáveis para operações simples, por terem um alto custo de aquisição inicial. Geralmente são utilizadas em ambientes onde não há condições para construção de salas de baterias, como sistemas aeroportuários e Centros de Distribuição localizados na região central das grandes cidades. 

Os produtos da Newpower já atuam com tecnologia avançada com a utilização de placas positivas tubulares, separadores de alta resistência, vasos injetados, chumbo com controle máximo de pureza, caixa de ferro com proteção corrosiva, sistemas de abastecimentos automático ou manual e interligações em cabo flexível. As novidades da empresa não param na evolução tecnológica das baterias. 

As novidades da Comab estão em linhas de produtos. Na linha Tubular está o modelo EPzS, com interligações aparafusadas e 1600 ciclos, fabricado na Europa. Na linha Plana estão os tradicionais modelos BS tecnologia GNB, com interligações de solda e 1600 ciclos, de fabricação americana. Já na linha Monoblocos de Tração há os modelos GC para lavadoras de piso, varredoras e veículos elétricos.

A Exide prepara o lançamento de uma linha completa de baterias tracionárias tipo monobloco para aplicação em carros elétricos, varredoras e outros equipamentos de tração. Outra novidade é a renovação do design e algumas melhorias nas baterias tracionárias da linha Sonnenschein, que usa a tecnologia em GEL. 

Já a Saturnia está desenvolvendo uma bateria do tipo regulada por válvula ‘selada’ tracionária, com eletrólito gelificado, que em breve será lançada.

Apesar dos lançamentos, Mazzetti, da Matrac, acredita que há muitos anos não existem novidades nesse segmento. “O que vemos são modificações que não influenciam no rendimento energético das baterias e, sim, na facilidade de operação e manutenção. Tratam-se de caixas de ferro com tratamentos anticorrosivos mais eficazes, sistemas de enchimento automático de água destilada, sistema de agito de eletrólito para diminuição do tempo de recarga, entre outros fatores”, explica. “Sabemos que estão lançando na Europa baterias tracionárias de íons de lítio. Tratam-se de baterias mais leves e com menos autonomia de trabalho, portanto as máquinas necessitarão de mais baterias para atender à demanda de trabalho. Porém, elas possuem preços mais elevados, além de serem fabricadas com insumos de difícil descarte. Acreditamos que ainda deve demorar algum tempo até chegarem ao Brasil”, conclui.
Fonte: http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/noticia/28595/baterias-para-empilhadeiras-empresas-crescem-em-2011-e-entrada-de-novos-players-deve-acirrar-concorrencia/

quarta-feira, 7 de março de 2012

Controle remoto auxilia gerenciamento de frotas


Controle remoto da frota
Controle remoto da frota
Como o uso da tecnologia sem fio ajuda a solucionar problemas de gerenciamento da frota de empilhadeiras e reduzir os custos de manutenção e operação
Diagnosticar o desempenho da empilhadeira a distância? Parece ser uma ficção científica, mas agora é possível – e tem o potencial de mudar a forma como você gerencia sua frota.

As pessoas que projetam, fabricam e vendem empilhadeiras tendem a ser práticas e adotar uma abordagem pragmática para o negócio. Mas, uma tecnologia relativamente nova tem deixado esses profissionais empolgados. Eles estão tão entusiasmados, que alguns consideram esse o maior avanço nas empilhadeiras desde que o equipamento foi inventado.

O que está entusiasmando essas pessoas são os sistemas de otimização da frota que automaticamente coletam, transmitem e analisam os dados sobre o desempenho e produtividade dos veículos remotamente e sem fio, sem exigir que o gerente da frota esteja próximo deles.

Por que desenvolver uma coleta automatizada de dados para um ambiente tradicionalmente manual como o armazém ou centro de distribuição? Os sistemas futuristas são projetados para ajudar os gerentes de frota e distribuidores de empilhadeiras a solucionar problemas específicos de gerenciamento da frota e redução dos custos de manutenção e operação.

Flexibilidade prevista
Como as empresas que oferecem sistemas de otimização da frota costumam frisar, as características variam com o sistema e o desenvolvedor. Normalmente, elas levantam dados de desempenho de cada veículo, transmitem a informação sem fio para o servidor central e viabilizam que um usuário remoto – potencialmente localizado em qualquer lugar do mundo – analise os dados através de um banco de dados da web, para que possa gerenciar as operações da frota, seus custos e manutenção. Exemplos das características de rastreamento dos dados e monitoramento do desempenho que esses tipos de sistemas oferecem incluem:
• Manutenção e reparo – registrar e notificar a gerência das horas de uso para vários motores, nível de carga da bateria, falha de peças, temperatura do motor, etc.; programação de manutenção preventiva baseada no uso real e notificação ao gerente da frota e distribuidor;
• Detecção e relatório de impacto – registro do horário e local do impacto, identificando operador e veículo, e envio de um alerta. Alguns sistemas vão desligar o motor quando um certo grau de impacto for detectado;
• Conformidade com a segurança – verificação do preenchimento do ckeck-list diário e notificação dos problemas aos gerentes;
• Métricas de desempenho e operacionais – medição da distância percorrida, tempo de deslocamento e levantamento, deslocamento sem carga, utilização do ativo, etc. Alguns oferecem “georrastreamento”, que monitora a localização do veículo e limita seu acesso a áreas específicas;
• Supervisão do operador – controla o acesso de operadores a veículos, baseado no treinamento e outras considerações, ajustando os conjuntos do veículo e rastreando a produtividade do operador.
Muitos sistemas empregam um equipamento com sensores em várias partes da empilhadeira para coletar dados. Uma exceção é o sistema iWarehouse da Raymond, que levanta os dados através de um único conector chamado iPort plugado no CAN (“controllers area network”, rede controladora de área) bus – o cérebro eletrônico do veículo. Ambos coletam informações ricas de precisão e atualizadas, mas a conexão ao centro de controle oferece acesso a mais tipos de dados que a placa de sensores com seu número limitado de pontos de entrada. Esse sistema de rastreamento é muito parecido (mantendo as devidas proporções) com o tipo usado nos carros de Fórmula 1, que funcionam à base de telemetria.
Quando se trata da transmissão de dados, existe muita flexibilidade construída nesses sistemas. Os usuários podem especificar se desejam a transmissão constante em tempo real ou a transmissão em intervalos específicos. Os sistemas são projetados para transmitir dados usando infraestruturas sem fio que são comumente instaladas nos armazéns e CDs para comunicação com os sistemas de gerenciamento do armazém. Entre as tecnologias usadas no momento para transmissão de dados, estão os pagers digitais, 802.11 Wi-Fi, serviço celular e ondas de rádio de 900 MHZ.

Os compradores que já têm uma ou mais dessas características geralmente podem transmitir os dados pelos sistemas sem fio existentes, com pouca ou nenhuma infraestrutura adicional necessária. Algumas empresas usam a triangulação para localizar uma parte do equipamento ou utilizam cápsulas RFID embutidas no piso para rastrear a localização dos veículos; outras utilizam “pontos de acesso” fixados no teto para coletar e encaminhar os dados.

Cada método de transmissão tem seus prós e contras, e alguns são mais confiáveis que outros. As considerações devem levar em conta a disponibilidade da largura da medida de frequência para transmitir grande quantidade de dados, o potencial de interferência de outros equipamentos eletrônicos, a penetração confiável por toda a instalação e o custo. Os usuários frequentemente precisam usar diferentes tipos de comunicação para diferentes serviços. Por exemplo, “a limitação geográfica”, que restringe o lugar onde cada veículo pode operar e controla sua velocidade em áreas específicas, requer 900 MHZ ou o uso de plaquetas RFID; a transmissão 802.11 Wi-Fi mais barata, ainda não pode acomodar essa transmissão.

Muitos dos fabricantes de empilhadeiras que oferecem os sistemas firmaram parcerias com os fornecedores de software que se especializaram no rastreamento de equipamentos remotos e transmissão de dados.
Os Pioneiros
Empresas de software independentes foram as primeiras a desenvolverem os sistemas sem fio de otimização da frota e alguns dos fabricantes de empilhadeiras firmaram parcerias com elas para obter essa habilidade.

Um dos pioneiros nessa área foi o Access Control Group (ACG), lançado em 2000 para ajudar os clientes a melhorar a segurança controlando o acesso dos operadores à empilhadeira. De acordo com o CEO Patel, o ACG foi o primeiro a oferecer gerenciamento de dados via web, o qual ajudou os clientes a monitorar os dados quando os gerentes estavam nas instalações.

O Sistema Vigilant G2 da ACG, que possui um preço inferior ao dos concorrentes, gerencia o acesso dos operadores e conformidades de segurança, relatórios de impacto, monitora a utilização do veículo, etc. Patel ainda afirma que a empresa introduzirá um sistema baseado no RFID para medir a produtividade do operador no início do próximo ano.

Alguns dos outros fornecedores de sistemas sem fio para monitoramento de empilhadeiras incluem:

• On Board Communications, cujo sistema lifttrak via GPS rastreia o veículo, monitora o consumo do motor, programa manutenções preventivas e monitora a atividade da mão de obra;

• Shockwatch, trabalha com o gerenciamento remoto de dados via web e monitora impactos, consumo do veículo, conformidades de segurança, manutenção, utilização do equipamento, etc;

• ID Systems, oferece o gerenciamento remoto de dados, monitora a utilização do equipamento e produtividade do operador, controla o consumo do veículo e monitora todos os tipos de baterias;

• SKY-Trax, automatiza a coleta de dados para operadores de empilhadeira e seu sistema de localização em tempo real tem precisão de centímetros.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Como combater os desperdícios na armazenagem


Desperdícios na armazenagem 
Identifique e corrija perdas que podem comprometer as atividades de seu centro de distribuição
Umdos desafios de qualquer gerente de logística é atingir os menores custos possíveis de operação. Na tentativa de alcançar esse objetivo, muitos têm recorrido aos princípios da armazenagem enxuta.

Os benefícios da armazenagem enxuta incluem menores custos de distribuição, diminuição nos custos de mão de obra e melhor uso do espaço. Mas como você sabe quais áreas de sua operação atingir?

De acordo com os especialistas da IMAM Consultoria, muitos armazéns sofrem dos mesmos sete “desperdícios” mortais. Identificando e eliminando esses desperdícios, você pode enxugar significativamente sua operação.

Desperdício 1: superprodução
O que é: Para um centro de distribuição, superprodução significa ter um estoque entregue ao CD antes de ser necessário. Por exemplo, você pode ter uma oportunidade para pedir e receber estoque extra simplesmente porque conseguiu desconto pelo volume.
Por que é mortal: Pedir a mais significa que você tem produtos à mão dos quais na verdade não precisa. Você tem que encontrar um local para estocar isso, tem custos de posse de estoque, está pagando maiores taxas de administração e, eventualmente, terá que construir um armazém maior. Torna-se um problema crônico.
O conserto: Tente não receber nenhum estoque de que você não precisa para um motivo específico. Trabalhe com o seu departamento de suprimentos para garantir que não aconteça a compra de itens simplesmente porque há um desconto ou um incentivo.

Desperdício 2: atraso
O que é: É qualquer espaço entre o final de uma atividade e o começo da próxima. Por exemplo, você programa com um caminhoneiro para estar em suas instalações às 10 h. O caminhoneiro chega na hora, mas o estoque não está esperando por ele. O caminhoneiro então deve sentar e esperar os itens ser separados e trazidos para a expedição. Outro exemplo é separar o estoque e levar para a doca muito antes da chegada do caminhão. O estoque “senta e espera” na doca, desperdiçando espaço.
Por que é mortal: Tanto no caso do caminhoneiro esperando pelo carregamento quanto do estoque esperando na doca, você está perdendo tempo, espaço e dinheiro. Além disso, se o estoque está ocupando o espaço da doca, você não pode usar aquele espaço para outros carregamentos.
O conserto: Tente se prender a uma programação. Coordene cada etapa do processo para sincronizá-lo e tenha a certeza de que não há excesso esperando. Um bom WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazém) pode ajudá-lo a rastrear o processo e eliminar esse desperdício em particular.
Desperdício 3: movimentação
O que é: Esse desperdício consiste de dois diferentes elementos. O desperdício de movimentação ocorre quando o estoque de alto giro não está bem localizado no CD, criando tempo de “viagem” extra para guardar e separar. Já o desperdício de transporte é quando caminhões estão na estrada quase vazios ou viajando quilômetros desnecessariamente.
Por que é mortal: Tempo extra gasto movimentando bens custa mais dinheiro. Pode ser custos maiores de mão de obra para movimentar o estoque no CD, quanto custos maiores de combustível para caminhões fazerem paradas extras. Desperdícios em movimentação ou transporte podem ser caros.
O conserto:
 Um melhor planejamento de layout no CD e melhor planejamento da distribuição ajudarão a eliminar esse desperdício. Mova itens de alto giro mais perto das docas de carregamento, para reduzir o tempo de movimentação, e refaça a rota dos
 caminhões para que eles gastem o menor
tempo possível na estrada.
Armazém super lotado
Desperdício 4: deslocamento
O que é: São quaisquer movimentos desnecessários de pessoas, incluindo pegar, se curvar e excesso de tempo de “viagem”, assim como questões ergométricas. Isso é causado por má disposição das áreas de embalagem ou de estocagem, tipo errado de transportador contínuo ou linhas de separação, ou estocagem de itens de alto giro em posições muito altas ou muito baixas.
Por que é mortal: Toda vez que um trabalhador tem que mudar sua posição, isso leva tempo – tempo que poderia ser mais bem gasto separando e embalando itens. Também pode aumentar o risco de acidentes se tiver que inclinar-se, pegar, fazer força em excesso.
O conserto: Traga o trabalho para as pessoas. Melhor do que ter um colaborador para pegar um item, tente colocar o produto em um carrossel ou em um módulo vertical de elevação.
Desperdício 5: estoque
O que é: Acontece quando você tem mais estoque posicionado do que você precisa, ou estoque no local errado. Por exemplo, você pode ter estoque em um CD que está muito longe
do cliente, ou muito estoque de “segurança” estocado em seu armazém.
Por que é mortal: Estoque extra devora um espaço precioso no seu CD. Similarmente, se o estoque não está posicionado perto de um cliente que quer a entrega rápida, você pode estar elevando seus custos desnecessariamente.
O conserto: Coloque a quantidade certa de estoque no lugar certo.

Desperdício 6: espaço
O que é: Espaço é desperdiçado quando você estoca produtos inadequadamente no CD, você não preenche completamente a carga do veículo ou não embala os paletes corretamente.
Por que é mortal: Vamos encarar a realidade – o CD tem um espaço finito. Você realmente pode pagar o desperdício disso?
O conserto: Tente maximizar o uso de espaço que você tem disponível. Você está maximizando a ocupação de sua estrutura porta-paletes? Está embalando seus paletes direito? Você está carregando paletes nos caminhões de forma a maximizar o uso do espaço?

Desperdício 7: erros
O que é: Qualquer atividade que cause retrabalho, ajustes desnecessários ou retornos. Isso inclui erros de separação, de faturamento, discrepância no estoque, produtos danificados ou defeituosos e entregas etiquetadas de maneira errada.
Por que é mortal: Não só custa dinheiro consertar, mas esses erros também podem causar danos irreparáveis
na satisfação do cliente.
O conserto: Há muitas maneiras de reduzir erros no CD. Tecnologias como separar por luz, por voz, RFID, etc. podem reduzir erros de separação. Um sistema robotizado ou veículos automaticamente guiados podem reduzir erros.
Operação enxuta é eficiente e econômica
Como ser enxuto
Por que ser enxuto? Sendo enxuto, seu centro de distribuição:
• Reduz erros de distribuição;
• Diminui custos operacionais;
• Melhora o uso do espaço.
Portanto, se você quer um CD enxuto, comece com os cinco “por que”. Um exemplo: você está andando pela doca de carregamento um dia e percebe um palete sozinho no chão. Algumas horas depois, no seu caminho de volta, o mesmo palete ainda está lá.
Quer descobrir a razão disso? Comece questionando os cinco “por que”. Fazer perguntas vai ajudá-lo a ter um armazém enxuto. Mas não é suficiente simplesmente perguntar por que o palete ainda está na doca. Você terá que ir mais fundo para descobrir a causa raiz. Você precisa perguntar “por que” no mínimo cinco vezes.
No exemplo acima, seu primeiro “por que” poderia ser, “Por que esse palete ainda está aqui?” A resposta provável: “Porque pediram para nós pegarmos e colocarmos aqui”. Não pare de fazer perguntas. Questione: “Por que pediram para vocês fazerem isso agora?” para chegar até a raiz do problema. Talvez seja um problema no WMS que provocou o pedido muito cedo. Ou talvez alguém passou o horário errado para o caminhoneiro vir pegar o produto. Uma vez que você encontra a fonte do problema, pode então investir tempo para eliminá-lo.
Toyota way
Pode parecer que enxugar é um conceito do século XXI, mas na verdade tem raízes longínquas. Depois da 2ª Guerra Mundial, Taiichi Ohno criou o Sistema Toyota de Produção, que se tornou o sistema mais reconhecido do mundo para produção enxuta.

Mais recentemente, os conceitos foram aplicados em armazenagem e logística, pois ele é muito mais do que um sistema de produção. É um sistema de gerenciamento que pode ser aplicado em absolutamente todas as partes do negócio.

O Sistema Toyota de Produção, agora chamado de “LEAN”, tem cinco princípios importantes:
• Muda: desperdícios, ou qualquer coisa que não adicione valor ao processo;
• Foco no processo: trabalhar através da organização para desenvolver e sustentar processos fortes de negócios;
• Genchi genbutsu: coletar fatos e dados no local exato do trabalho, assim como entender como o trabalho é realmente feito;
• Kaizen: melhorias e aperfeiçoamento contínuo do processo;
• Respeito mútuo: respeito entre direção e funcionários e entre parceiros de negócios.

Corte os excessos
Se você quer um CD enxuto, precisa defender o projeto, ou seja, deve ser o primeiro a cortar.

Siga os conselhos:
• Comece com recebimento e expedição. Quais etapas podem reduzir o tempo envolvido em receber e converter essa carga em itens prontos para expedir? Uma vez que você racionalizou o recebimento, faça o mesmo com expedição.
• Você está usando bem todo o espaço do seu CD? Se não, procure por maneiras de melhor usar o espaço disponível.
• Examine áreas de espera. Olhe para cada local onde produtos são colocados em espera e então pergunte por que você está fazendo daquela maneira.
• Crie um fluxograma para mostrar quantas vezes cada palete é pego e colocado entre recebimento e estocagem ou estocagem e expedição.