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quinta-feira, 8 de março de 2012

Baterias para Empilhadeiras: empresas crescem em 2011 e entrada de novos players deve acirrar concorrência

Obras para futuros eventos esportivos e construção civil impulsionam crescimento. Em 2012, as empresas buscam consolidação de ações do ano anterior para, além de manter o mercado já conquistado, adquirir novos clientes. Investimentos em logística continuam em alta.

O ano de 2012 não poderia começar com melhores expectativas para o segmento de baterias para empilhadeiras, considerando a crise mundial, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, que atingiu todos os mercados. No Brasil, a crise não causou tanto impacto negativo como se esperava, mas, ainda sim, fez com que as empresas do setor agissem com cautela.

“O ano promete muito, mesmo sendo um ano de eleição, quando geralmente as empresas e os empresários esperam para ver o que acontecerá no cenário político. Por conta dos juros baixos (Finame, BNDES) será um ano de muitos investimentos nos setores de logística”, explica Marcelo Mota de Bitencourt, diretor comercial da Batersul (Fone: 47 3368.7171). “Os pequenos empresários que não tinham condições de investir em máquinas elétricas por terem um custo inicial mais alto, com as condições favoráveis, irão optar realmente em investir na compra dos equipamentos. Isso vale, também, para as grandes empresas que irão optar por comprar equipamentos novos, ao invés de fazer reformas nas máquinas antigas”, continua. Na visão dele, para o setor de logística o ano de 2011 foi muito bom, principalmente a partir do mês de maio. “Este foi o nosso segundo ano de trabalho na região sul do país, conseguimos conquistar um resultado muito expressivo no quesito crescimento X qualidade”, afirma.

Os investimentos previstos por Bitencourt também são esperados por Fernando Pessoa, sócio-diretor da Comab (Fone: 11 2412.0240). Segundo ele, o mercado internacional se encontra um pouco inseguro, porém os investimentos no Brasil não serão interrompidos e acontecerão na medida em que, entre outros fatores, haja atuações governamentais e, principalmente, atitudes individuais de cada empresário. A Comab estará focada durante o ano em consolidar ainda mais a parceria para fornecimento de produtos Exide GNB, parceria que marcou 2011 para a empresa, e otimizar pontos chaves, como agilidade no atendimento e disponibilidade de entrega. 

Wilson Vizeu, diretor geral da Exide Technologies do Brasil (Fone: 11 5096.3590), entende que o mercado de empilhadeiras deve se manter estável em 2012, sustentando o mesmo nível de equipamentos comercializados ou, se houver crescimento, será muito tímido. “O mercado de baterias é movido em função do mercado de empilhadeiras. Então, acredito que teremos um ano estável para baterias originais (fornecidas com empilhadeiras novas) e algum crescimento no mercado de reposição”, afirma. “Para a Exide, a tendência é de novo crescimento, pois, como estamos consolidando nossa atividade comercial, ainda existe bastante espaço para crescer. Em função disto pretendemos realizar investimentos no Brasil para ampliar nossa capacidade de formação e montagem de baterias tracionárias. E estes investimentos devem ser concluídos ainda no primeiro semestre do ano e terão o mesmo formato de nossas linhas de montagem no exterior”, anuncia. Atuando há um ano no país, a Exide pode abrir diversas frentes de negócios em 2012.

A Matrac (Fone: 11 2905.4108) cresceu em torno de 20% ao longo do ano, notando considerável aumento na venda de baterias novas em relação às baterias de reposição, devido aos incentivos dados pelo governo para aquisição de equipamentos novos. “Tivemos ainda uma surpresa agradável no segmento de locação de baterias tracionárias, que se mostrou bastante crescente, pois o cliente, quando necessita da reposição imediata de baterias, pode locá-las por períodos pré-determinados, enquanto aguarda liberação de verbas ou definição do cenário econômico do país, que ditará seu ritmo de movimentação e armazenagem de materiais”, comenta Antonio Donizetti Mazzetti, gerente comercial da companhia.

Para 2012, Mazzetti acredita que o mercado sentirá os efeitos negativos da crise europeia, porém prevê continuação no crescimento, mesmo que de maneira tímica. “Atuamos no segmento de vendas, locação e reformas de baterias tracionárias e estamos acostumados com o aumento das reformas e locações quando as vendas estão abaixo da expectativa e vice-versa. É simples: na falta de verba para aquisição de novas baterias, muitos clientes optam pela reforma ou locação para atender sua demanda”, resume

Por sua vez, Wagner Brozinga, gerente de negócios da Newpower (Fone: 11 2413.5600), está confiante no cenário global e espera manter o crescimento de cerca de 25%, contando, inclusive, com o aumento nas exportações para a América Latina por meio da rede de representantes. O ano de 2011 foi importante para a companhia com sucesso na produção, vendas e ampliações de plantas, além de novas contratações.

Também otimista, a Saturnia (Fone: 15 3235.8000) viu o mercado aquecido no ano que passou, tanto com aumento de máquinas elétricas, quanto no mercado de reposição. Em 2012, a empresa quer fazer uma grande retomada do mercado de baterias industriais – tracionárias, estacionárias e submarino.

TENDÊNCIAS

Em um segmento crescente como o de baterias para empilhadeiras, já é de se esperar que as empresas percebam tendências de mercado para se adequar às vontades do público consumidor. Os grandes projetos a serem desenvolvidos no país nos próximos anos devem reger a maneira como o mercado irá reagir no setor.

Bitencourt, da Batersul, lembra que eventos como Olimpíadas e Copa do Mundo requerem desenvolvimento, máquinas e equipamentos e irão aquecer o mercado. O investimento no setor de construção civil e em outras áreas da logística deverão aumentar muito os resultados para o setor. “Isso funciona como uma cadeia alimentar, se o governo incentiva um setor, os demais que estão inseridos nele também terão um crescimento no decorrer do processo. Com todos estes eventos que irão ocorrer no nosso país, todas estas empresas terão um grande desenvolvimento, principalmente as de máquinas e equipamentos industriais”, analisa.

Os investimentos e a movimentação logística no Brasil não devem ser reduzidos para este ano, segundo Pessoa, da Comab. Com a abertura de novas empresas de logística, fabricantes de empilhadeiras elétricas e, principalmente, o aumento do consumo interno, ele acredita que a tendência será de crescimento no setor. No mesmo sentido encontra-se Vizeu, da Exide. “Eu creio que o setor de baterias está em fase de consolidação. Com a saída de alguns fornecedores antigos e a entrada de novos fornecedores, na sua maioria multinacionais, deve haver um novo ritmo no mercado, com a tendência de melhoria na qualidade do produto, maior gama de aplicações e foco maior na parte de pós-vendas”, afirma. 

A continuação do crescimento populacional de máquinas elétricas, com automática comercialização de baterias com tecnologias mais modernas e avançadas, é a tendência, de acordo com Raul Mouta, gerente de vendas da Saturnia.

NOVIDADES

Outro fator também se desenvolve quando o mercado se mostra aberto e próspero para os próximos anos: a tecnologia. Pensando de que forma trazer o melhor custo x benefício aos clientes, as empresas que atuam no segmento já estudam melhorias tecnológicas para que seus produtos atendam à demanda cada vez mais ávida por equipamentos de alto desempenho.

“O departamento de engenharia do Grupo Moura está sempre em constantes inovações, pesquisas e testes. Nós que estamos na linha de frente – distribuidores – sempre repassamos como estão se comportando nossos produtos e o dos nossos concorrentes. Nossa tecnologia hoje implantada é americana, de placas planas envelopadas blindadas.

O Grupo Moura é a única fábrica que trabalha com este produto no Brasil”, afirma Bitencourt, da Batersul. A companhia está desenvolvendo estudos em conjunto com fabricantes de carregadores. “Estamos agindo juntos, pois acreditamos que o conjunto carregador/bateria não pode andar separado. Para ter uma boa bateria na operação é preciso trabalhar com um excelente carregador. Vimos que depois que começamos a trabalhar desta forma, a vida útil dos nossos produtos melhorou bastante, baseado, praticamente, em ajustes nas curvas de cargas”, continua. A empresa também está investindo na área de serviços preventivos e corretivos nas baterias.

O Grupo Moura também está investindo nas baterias com tecnologia de cargas rápidas (Fast Charger) e cargas de oportunidade (Opportunit Charger), já usadas na Europa e nos Estados Unidos. Estas tecnologias são implantadas apenas em clientes cuja operação requer este tipo específico de produto, e não são viáveis para operações simples, por terem um alto custo de aquisição inicial. Geralmente são utilizadas em ambientes onde não há condições para construção de salas de baterias, como sistemas aeroportuários e Centros de Distribuição localizados na região central das grandes cidades. 

Os produtos da Newpower já atuam com tecnologia avançada com a utilização de placas positivas tubulares, separadores de alta resistência, vasos injetados, chumbo com controle máximo de pureza, caixa de ferro com proteção corrosiva, sistemas de abastecimentos automático ou manual e interligações em cabo flexível. As novidades da empresa não param na evolução tecnológica das baterias. 

As novidades da Comab estão em linhas de produtos. Na linha Tubular está o modelo EPzS, com interligações aparafusadas e 1600 ciclos, fabricado na Europa. Na linha Plana estão os tradicionais modelos BS tecnologia GNB, com interligações de solda e 1600 ciclos, de fabricação americana. Já na linha Monoblocos de Tração há os modelos GC para lavadoras de piso, varredoras e veículos elétricos.

A Exide prepara o lançamento de uma linha completa de baterias tracionárias tipo monobloco para aplicação em carros elétricos, varredoras e outros equipamentos de tração. Outra novidade é a renovação do design e algumas melhorias nas baterias tracionárias da linha Sonnenschein, que usa a tecnologia em GEL. 

Já a Saturnia está desenvolvendo uma bateria do tipo regulada por válvula ‘selada’ tracionária, com eletrólito gelificado, que em breve será lançada.

Apesar dos lançamentos, Mazzetti, da Matrac, acredita que há muitos anos não existem novidades nesse segmento. “O que vemos são modificações que não influenciam no rendimento energético das baterias e, sim, na facilidade de operação e manutenção. Tratam-se de caixas de ferro com tratamentos anticorrosivos mais eficazes, sistemas de enchimento automático de água destilada, sistema de agito de eletrólito para diminuição do tempo de recarga, entre outros fatores”, explica. “Sabemos que estão lançando na Europa baterias tracionárias de íons de lítio. Tratam-se de baterias mais leves e com menos autonomia de trabalho, portanto as máquinas necessitarão de mais baterias para atender à demanda de trabalho. Porém, elas possuem preços mais elevados, além de serem fabricadas com insumos de difícil descarte. Acreditamos que ainda deve demorar algum tempo até chegarem ao Brasil”, conclui.
Fonte: http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/noticia/28595/baterias-para-empilhadeiras-empresas-crescem-em-2011-e-entrada-de-novos-players-deve-acirrar-concorrencia/

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