Empilhadeira... para empilhar
Muitas empresas empregam este
equipamento de maneira errada.
Empilhadeira eleva carga até as mais altas posições
paletes
O nome já diz tudo: empilhadeira.
Ela desenvolve a arte de empilhar e não de
“transportar”, pois para vencer distâncias na horizontal existem dezenas de
outras opções (veja na edição de abril de 2010 da Intralogística).
É fundamental identificar a causa de um
determinado movimento para que se possa avaliar o melhor método para
movimentação. O planejamento do layout e do pé-direito a ser utilizados nas
instalações definirá a posição de origem e destino dos movimentos.
Se os recursos da origem ao destino estivessem
próximos, muitos deslocamentos seriam desnecessários e, consequentemente, os
equipamentos também. A manufatura enxuta, por exemplo, modelo de gestão que
ganhou o mundo a partir de seu sucesso em relação à produtividade, visa à
eliminação de tudo o que
não agrega valor e assim define a movimentação como uma
perda que deve ser continuamente questionada. E foi através desse modelo que o
layout passou a ser encarado de maneira mais exigente e abriu espaço para um
fluxo mais inteligente baseado em células de manufatura, onde a organização do
layout é por produto e não mais por processo.
AGV é alternativa para transporte horizontal
Foi nesse cenário de otimização que ganhou a atenção de
muitas empresas, nos últimos anos, o conceito “Forklift
Free”, ou seja, o fluxo livre de empilhadeiras, que
ficam agora dedicadas às atividades de empilhar e não mais de vencer distâncias
na horizontal.
Além disso, as empilhadeiras que trafegam em áreas
externas e internas simultaneamente levam detritos e sujeira
para dentro da instalação. É por isso que em muitas
fábricas e armazéns existem empilhadeiras que circulam só em áreas externas e
outras só em áreas internas, o que também não é adequado pois essa divisão
acaba gerando ociosidade.
Mas para carga e descarga a empilhadeira é necessária!
Esse era um dos principais argumentos que inviabilizavam no passado o conceito
“Forklift Free”, pois já que teríamos que manter empilhadeiras para carga e descarga de veículos de movimentação e
transporte, aproveitava-se o tempo ocioso delas para movimentar. Mas foi a
partir de pesquisas e desenvolvimentos de novas soluções de movimentação que o
desafio de manter uma área livre de empilhadeiras foi vencido. Por exemplo, se
no piso de um carrinho – meio mais comum de movimentação horizontal – fossem
instalados rolos ou roletes, a carga poderia deslocar-se, manual ou automaticamente, para uma linha de transportadores
contínuos. O inverso dessa situação pode ocorrer na expedição ou no momento do
carregamento.
Para ilustrar, na expedição de cargas fracionadas
(caixas), estas podem chegar em um carrinho, movimentado
por um transportador de piso (“towline”), como acontece
no centro de distribuição das Casas Bahia em Jundiaí, SP,
e ser daí transferidas para um transportador contínuo
extensível, que conectará o interior do veículo à plataforma de
carga ou descarga. Já na descarga a granel, o caminhão
pode ter uma carroceria graneleira que proporcione a descarga por gravidade
através de uma plataforma pneumática.
Para movimentação de cargas pesadas, também passou a
ser mais comum o uso de ponte rolante ou guindaste fixo ou até mesmo veicular.
Essas e outras soluções começaram a se tornar uma realidade, dedicando assim as
empilhadeiras às atividades de empilhar.
Empilhadeira dá flexibilidade, mas não é única solução
Fonte: http://www.imam.com.br/consultoria/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=20&Itemid=13
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